A vereadora Eliza Virgínia (PSDB), em entrevista cedida ao jornalista Edmílson Lucena, no Jornal da Câmara (JC) desta quarta-feira (2), abordou a importância da prevenção ao câncer de mama, a onda de violência que assola a Capital, além de anunciar uma Indicação de sua autoria para a criação do Museu e Orquestra Sinfônica Municipais. O JC é transmitido pela TV Câmara (Canal 23 da Net, 52 canal aberto e 61.2 digital) todas as terças, quartas e quintas-feiras, a partir das 9h.
Eliza Virgínia destacou a pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) que analisou dados coletados em 2012 e mostrou que João Pessoa apresentou o pior desempenho no quesito rastreamento do câncer de mama. O resultado da investigação foi divulgado em agosto deste ano, e revelou que Curitiba (PR) foi a Capital que apresentou o melhor desempenho.
“Apesar do avanço das tecnologias e dos programas do Ministério da Saúde (MS) não temos conseguido os índices ideais para evitar esse número crescente de mortes de mulheres por conta do câncer de mama. Há mulheres que tratam de todos e são responsáveis por tudo no seio familiar, mas muitas não lembram de si. Muitas vezes, marcam consultas e não comparecem. Sabemos que quanto antes descobrir algum problema de saúde mais fácil será o tratamento”, alertou a vereadora.
A parlamentar apresentou alguns dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelando que, somente em 2011, a doença fez 13.225 vítimas no Brasil e estima, para 2012, um total de 52.680 novos casos de câncer de mama entre as mulheres. Em relação às mortes pela doença, o dado mais recente que o Inca tem é de 2010, registrado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), com 12.705 óbitos de mulheres.
De acordo com os dados apontados pela vereadora, o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o MS estima 52.680 novos casos em um ano, um índice de 52 novos casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até completarem 90 anos.
Ela ainda lembrou a Lei 12.732/12, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, conhecida como “Lei dos 60 dias”, que garante aos pacientes com câncer o início do tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário, no Sistema único de Saúde (SUS). O prazo máximo vale para que o paciente passe por uma cirurgia ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme prescrição médica.
Onda de violência na cidade
Sobre a crescente onda de violência que tem perturbado a população pessoense, a vereadora comentou que a cidade está perdendo a luta contra o crime organizado porque a cidade está vivenciando momentos de terror em todas as comunidades. De acordo com ela, os cidadãos estão assustados em utilizar os ônibus na Capital porque todas as linhas que circulam pela cidade já sofreram assaltos. “Não é uma questão de apelo político, mas de atentar para esta situação, que não tem recebido a atenção adequada. São 40 policiais aprovados em concurso que não são chamados para compor a nossa segurança. Antes, as pessoas podiam cochilar nos ônibus até chegarem em casa, mas agora precisam ficar atentas. Os nossos policiais não estão sendo bem remunerados e não tem condições adequadas de trabalho”, falou a vereadora.
Museu Municipal de João Pessoa
A vereadora ainda disse que está apresentando ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), uma Indicação para a criação do Museu Municipal de João Pessoa a fim de agrupar todos os elementos que compuseram a história da cidade, sejam na literatura, música, política e em todas as áreas que fomentaram o desenvolvimento da Capital paraibana. Eliza também falou que solicita ao prefeito a criação da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa. “Precisamos absorver os profissionais da área da música da cidade, categoria da qual faço parte. Tenho a carteirinha de musicista, e embora há muito tempo não toque nada, continuo musicista”, acrescentou a vereadora.
Fonte: Damião Rodrigues - CMJP
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