
“Financiamento é um dos principais entraves à mulher na política. Apesar de termos conquistado diversos espaços em cargos de gestão, no Executivo, Legislativo e Judiciário, nós ainda somos sub-representadas no parlamento, na política”, comentou Eliza Virgínia. Ela adiantou que a Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Mulheres e de Enfrentamento à Violência na CMJP, de sua autoria, poderá se transformar em Procuradoria das Mulheres.
Para Iraê Lucena, as mulheres precisam de mais incentivo à participação na política além da cota de 30% reservada para candidaturas femininas nos partidos políticos. “Acho que faltam oportunidades dentro dos partidos políticos. Quais as mulheres que são presidentes de partidos? Precisamos de reforma política, e somos a favor, por exemplo, do voto aberto com alternância de gênero entre candidatos, como ocorre na Argentina”, salientou.
Iraê Lucena ainda destacou que, segundo um dos dados do livreto, 8 em cada 10 mulheres ouvidas em pesquisa alegaram ser a favor da paridade política entre homens e mulheres. “Quando uma mulher entra para a política muda a mulher. Mas, quando várias mulheres entram para a política, muda a política”,parafraseou a presidenta do Chile, Michelle Bachelet.
A única deputada federal que a Paraíba tem hoje, Nilda Gondim (PMDB), disse que a união e o fortalecimento das mulheres pode garantir pleitos e espaços. “São 513 deputados e somos 45 deputadas naquela Casa, ou seja, nem 10%. Isso dificulta dar voz e vez as nossas reivindicações e projetos. Não queremos segregação entre os gêneros, mas inclusão e união”, disse. Ela comentou, embasada na cartilha, que nos emirados árabes e em países africanos há mais mulheres no parlamento que no Brasil. “As mulheres têm que despertar para o seu valor, receber mais incentivos financeiros dos partidos e dentro de casa, ultrapassando as barreiras que a impedem de chegar à política”, sugeriu.
“Queremos mudar as coisas no País e por isso, estamos levando essa cartilha ao máximo possível de cidades e casas legislativas. Não adianta sermos 52% do eleitorado brasileiro e a minoria na política, e se não nos posicionarmos e formos à luta não teremos representatividade. Acho que é no parlamento que as coisas acontecem e as mudanças podem ser feitas, no local da elaboração das leis”, argumentou Elcione Barbalho.
A procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados ainda explanou dados e estatísticas contidas no livro, inclusive vídeos, entre eles, o da campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que incentiva as mulheres na política, com a hashtag #vempraurna.
Também estiveram presentes o vereador Santino (PT do B), que secretariou os trabalhos; a presidente do Conselho Municipal do Direito da Mulher, Maria da Guia Lima; a secretaria estadual da mulher do PC do B, Lúcia Rocha; a coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro; e a juíza Rita de Cássia.
“Queremos mudar as coisas no País e por isso, estamos levando essa cartilha ao máximo possível de cidades e casas legislativas. Não adianta sermos 52% do eleitorado brasileiro e a minoria na política, e se não nos posicionarmos e formos à luta não teremos representatividade. Acho que é no parlamento que as coisas acontecem e as mudanças podem ser feitas, no local da elaboração das leis”, argumentou Elcione Barbalho.
A procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados ainda explanou dados e estatísticas contidas no livro, inclusive vídeos, entre eles, o da campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que incentiva as mulheres na política, com a hashtag #vempraurna.
Também estiveram presentes o vereador Santino (PT do B), que secretariou os trabalhos; a presidente do Conselho Municipal do Direito da Mulher, Maria da Guia Lima; a secretaria estadual da mulher do PC do B, Lúcia Rocha; a coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro; e a juíza Rita de Cássia.
CARTILHA

A campanha “Mulher tome partido!” é promovida pela Bancada Feminina e pelas procuradorias da Mulher na Câmara e no Senado, com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República (SPM).
Entre os dados da cartilha estão: o quadro evolutivo de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados e no Senado; a participação feminina nos parlamentos comparando dados de 188 países, inclusive detalhando os sistemas eleitorais dessas nações; e a destinação do fundo partidário para promoção da participação feminina na política brasileira, dentre outras infirmações. Dados da União Interparlamentar da Organização das Nações Unidas, indicam que o Brasil tem um dos piores índices de participação feminina na política, ocupando a 158ª posição entre esses 188 países.
A vereadora Eliza Virgínia lembrou ainda que a representação feminina entre os parlamentares da CMJP é de 7% do total de parlamentares na Casa – Eliza Virgínia e Raíssa Lacerda (PSD). A representação feminina na Câmara Federal é de apenas 8,6% e, no Senado, de aproximadamente 8%. O movimento, que começou em setembro do ano passado, tem como objetivo aumentar em 20% o número de filiações partidárias de mulheres, além de ampliar em 30% a representação feminina na Câmara e no Senado nas próximas eleições.
Fonte: Haryson Alves - CMJP
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