sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vereadora apresenta Voto de Aplauso ao Arcebispo da Paraíba

A vereadora Eliza Virgínia (PSDB), em seu pronunciamento na sessão ordinária desta quinta-feira (22), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), apresentou Voto de Aplauso ao Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, pela coragem de denunciar padres por suposta prática de pedofilia.
“Apresento Voto de Aplauso a Dom Aldo Pagotto pela coragem, pela perspicácia, pelo zelo e pela contribuição dada em favor da proteção da criança e do adolescente”, declarou a parlamentar.

Eliza Virgínia destacou o desrespeito com as crianças e ainda ressaltou que Dom Aldo não se preocupou com a imagem negativa que poderia se atribuída à Igreja com a denúncia, e, sim, com a integridade das crianças. “A pedofilia é o câncer da nossa sociedade. Ainda tem pessoas que não respeitam a vida futura da criança e abusam dela. Dom Aldo não pensou que poderia chacoalhar a imagem da Igreja, mas ele pensou unicamente nas crianças. Isso despertou em nós um cuidado maior com nossos filhos”, afirmou.
A vereadora ainda criticou campanhas do Ministério da Educação sobre os direitos sexuais de crianças e adolescentes. “Um órgão federal compactuando com a ideia de que a criança tem direito a atividade sexual”, reprovou. Ela também criticou cartilhas direcionadas a crianças e adolescentes com imagens de práticas sexuais e ainda um manual sobre como manipular um medicamento abortivo com o título de “Protocolo Misoprostol”.

Eliza Virgínia considera essas cartilhas um exagero feito pelo governo na tentativa de diminuir danos. “Escolas banalizam e pregam sexo com a desculpa de redução de danos. Trata-se de um exagero na tentativa de empurrar 'goela abaixo' a sexualidade de quem ainda não tem idade para isso. Não existe necessidade nenhuma de se mostrar para uma criança de dez anos como se faz sexo”, avaliou a parlamentar.

Parlamentares criticaram cartilha do governo federal

“Há uma instrumentalização de financiamentos internacionais para criar essa cultura que é nociva à sociedade. Muitas vezes, somos taxados de religiosos fundamentalistas, quando, na verdade, não temos o direito de acreditar no que defendemos. Não posso aceitar uma cultura que nos vem sendo imposta 'goela abaixo'. Acredito que o respeito não passa pela imposição”, defendeu o vereador Raoni Mendes (PDT), concordando com Eliza.

O vereador João Almeida (PMDB) se acostou ao pronunciamento da vereadora no sentido de também não concordar com as diretrizes tomadas para produção das cartilhas apresentadas. “É uma contribuição para a deseducação cívica dos meus filhos. E o mais grave: usando o meu dinheiro”, reclamou.

Sobre a homossexualidade, o vereador afirmou que aceita, mas que tal condição não pode ser tomada como regra. “Não é questão de ser arcaico, de ser radical, é questão de ser coerente. A exceção não pode virar regra, nem me obrigar a fazer parte dessa regra. Uma família é a de pai, mãe e de filhos. Fui chamado e participei de um casamento homossexual, não tenho vergonha. Mas minha presença não ratifica que eu seja a favor que isso vire regra para meus amigos”, argumentou João Almeida.

O vereador Luís Flávio (PSDB) mostrou-se impressionado com a cartilha que ensina como manipular o medicamento abortivo. “Gostaria de esclarecer que fiquei preocupado com a cartilha do aborto. Esse medicamento é de uso estritamente hospitalar e apenas em casos que a lei determina”, afirmou o vereador, que também é médico.

Já o parlamentar de oposição Lucas de Brito (DEM) afirmou que é contra a discriminação, mas não pode concordar com o teor das cartilhas. “Sou daqueles que defendem a existência da sociedade sem preconceitos, porém, não poderia me furtar de reclamar das gravuras demonstrando relações homo e heterossexuais. Nem uma nem outra deveria constar em cartilhas para crianças. O governo federal errou em fazer esse tipo de cartilha para crianças”, afirmou o democrata.

Sérgio da Sac (PSL) propôs a reflexão sobre a família de hoje e falou da necessidade de haver instrução para os jovens. “Quando a gente prega pela a família, temos que entender que o pai de hoje não é o pai do passado, e a família do futuro pode ser totalmente diferente. É necessário a gente saber que o jovem tem que se despertar para esses assuntos. O que governo federal fez não foi um avanço, mas também não foi um retrocesso”, frisou.

Sobre as cartilhas, o vereador Marco Antônio (PPS) afirmou que elas não podem incentivar a sexualidade, mas também o trabalho de educação tem que começar em casa, com a conversa com a família. “As cartilhas não devem erotizar nem incentivar a pensar sobre isso, mas não podemos esquecer que nossas filhas estão indo a clínicas clandestinas fazer abortos. São filhos de pessoas que não conversam. Vamos ver o conteúdo dessas cartilhas para não erotizar o tema”, destacou.

Fonte: Clarisse Oliveira - CMJP

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