quarta-feira, 29 de abril de 2015

Vereadora Eliza Virgínia opina acerca do conceito de núcleo familiar e voto distrital

A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) falou acerca do conceito moderno de família e disse ser contra a proposta de voto distrital para vereadores, em entrevista, no Jornal da Câmara desta quarta-feira (29). A parlamentar ainda citou uma matéria de sua autoria que pede a isenção do pagamento de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) por instituições que utilizem imóveis alugados para o desenvolvimento de atividades religiosas. O telejornal é apresentado pelo jornalista Edmilson Lucena e exibido de terça à sexta-feira, às 9h.

Eliza Relembrou a matéria proposta por ela, que pede a isenção do pagamento do IPTU às entidades, igrejas e instituições que se utilizam de espaço físico alugado para a prática religiosa. “Na realidade, essas instituições não precisam pagar impostos, por lei. Queremos inserir na norma a questão daqueles que não têm sede física, pois são verdadeiros hospitais da alma e realizam diversos trabalhos sociais”, comentou.

A parlamentar ainda disse que acha que há uma manipulação da mídia com relação ao tema, condicionando a opinião pública acerca do conceito de núcleo familiar na sociedade pós-moderna. Acerca disso, ela ainda lembrou outra lei de sua autoria - Lei 1.1701/2011 -, que institui a Semana Municipal da Família.

“O que você considera família? O Congresso Nacional tem uma enquete avaliando isso. Vote! Eu entendo que família é aquela formada entre um homem e uma mulher com a perpetuação de filhos, e não o entendimento que diz que é uma aglomeração de pessoas. Caso você coloque duas mulheres numa ilha deserta, daqui a cinco anos, continuarão duas mulheres. Entre um homem e uma mulher no entanto, haverá a procriação com filhos”, opinou.

A vereadora ainda disse ser contra o voto distrital. Ela alegou que o projeto criaria guetos e perpetuaria a ideia de que uma pessoa seria “dona” de uma região eleitoral. “João Pessoa seria dividida em 27 distritos e apenas um vereador seria eleito em cada um deles. Estes só trabalhariam para seu distrito, sendo quase confundidos como "mini prefeitos". Caso o vereador e o prefeito da cidade se indispusessem, quem garantiria que o distrito não pagaria por isso? O Brasil não está preparado para esse tipo de eleição. É mais democrático eleger quem tem mais votos”, afirmou.

Eliza ainda informou que o voto distrital surgiu para corrigir problemas de representatividade nas regiões da cidade. “Mesmo assim, há diversos inconvenientes nessa iniciativa. Ele tira a liberdade do eleitor. Um cidadão do Bessa não vai poder votar em um vereador de Cruz das Armas, e outra: você vota no Centro, mas mora no Bessa, então seu eleito não vai trazer melhorias para a localidade onde você reside”, exemplificou.


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